O Município de Juripiranga teve
início por volta de 1777 quando Braz Gomes Tavares e outros membros de sua
família localizaram-se num lugar conhecido por Serrinha de baixo, que hoje está
distante 01 quilômetro da atual sede Municipal. Pouco tempo depois ali foram
instalar suas moradas, Francisco Félix e a família Chagas. No lugarejo foi
construído um “Cruzeiro” em volta do qual eram realizadas as festas religiosas.
Alguns anos se passaram até que a
família Ferreira, procedente do sertão, localizou-se no lugar onde hoje se
encontra edificada a cidade, ao qual deram o nome de Serrinha de cima. Como uma
de suas filhas estivesse gravemente doente, seus familiares fizeram uma
promessa para alcançar sua cura: edificariam então uma capela e doariam um
patrimônio para Nossa Senhora da Soledade. A graça foi alcançada e a promessa
feita pela família Ferreira foi cumprida. Logo, foi construída a capela, doada
grande área de terras e também foram ofertadas muitas joias e adornos para o
altar da Santa.
A mesma família Ferreira manteve por
muito tempo um beneficiamento de algodão que veio trazer grande movimento para
o novo povoado. Citam-se também como pioneiros, Inácio Marinho, Augusto Guedes
Monteiro, Vicente Farias, José Nogueira e a família Machado.
Juripiranga, foi mencionada na
divisão administrativa do Brasil em 1911 como sendo pertencente ao Município de
Pilar, o mesmo acontecendo nas divisões correspondentes a 1936, 1937 e 1938 e
no quinquênio 1939-43, com a denominação de Serrinha. Já no quinquênio 1944-48
estabelecido pela Lei nº 520 de 31 de janeiro de 1943, o nosso Distrito
“Serrinha” é mencionado com o topônimo de Juripiranga. Nome que representa o
significado de AVE QUE CANTA, já que na região era muito comum um número
elevado de passarinhos cantarolarem ao nascer e ao pôr do sol.
Sua emancipação política teve no
então Prefeito de Pilar, Caio Correia de Araújo, o seu grande artífice. Ela foi
alcançada através da Lei nº 2.673, de 22 dezembro de 1961, ocorrendo sua
instalação oficial no dia 04 de janeiro de 1962, desmembrada de Pilar e
integrada por um único distrito, o da sede.
O município de Juripiranga tem uma
área de 122 Km². Fica situada na microrregião Agropastoril do baixo da Paraíba.
Sendo seus limites: Itabaiana (12 Km), Pilar (18 Km), São Miguel de Taipu (21
Km), Pedras de Fogo (14Km) e Itambé-PE (14Km).
A cidade fica distante do município
de João Pessoa, – Capital do Estado da Paraíba cerca de 64 Km, e de Recife
Capital do Estado de Pernambuco 107 Km. O estabelecimento humano está dividido
pela fronteira estadual em duas partes: de um lado está Juripiranga/PB com
categoria de Município e do outro está Ibiranga com categoria de Vila
pertencente ao município de Itambé/PE.
Segundo fontes do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), a população total em 2010 no município
de Juripiranga, incluindo a zona rural é de 10.240 habitantes divididos entre
5.131 homens e 5.109 mulheres. O clima é predominante na cidade é temperado,
com inverno começando geralmente em maio e terminando em setembro, as
principais atividades econômicas estão voltadas para plantações de: milho,
feijão, mandioca, inhame, fava, atividade esta, exclusiva com base na economia
familiar de subsidência sem fins lucrativos, porém com uma predominância
marcante da cultura de cana-de-açúcar, fonte de sobrevivência temporária e
principal de toda região, tendo como manipuladora da produção e exploração,
como também grande proprietária de terras no município a indústria denominada
“USINA CENTRAL OLHO D’ÁGUA” pertencente ao “GRUPO TAVARES DE MELO” localizada
no município de Camutanga, município do Estado de Pernambuco e distante de
Juripiranga aproximadamente 5 Km.
Juripiranga é uma cidade que reúne
poucos trabalhos literários e algumas histórias, destacando-se apenas com alguns
trabalhos sem muita divulgação dos poetas populares Ascendino da Costa Leite e
Antonio Faustino.